Thursday, November 19, 2009

(pain)


Vamos roubar estrelas...
Vamos roubar o sol! Mantê-lo refém.
Trazê-lo para aqui...

(18.10.2009)

A extensão queimada É tão imensa, tão...
Tão profunda que não a sei por completo. (29.08.2009)

Finge que está tudo bem...

Gostava de desaparecer.
Devagarinho. Dissolver-me no ar. (09.09.09)


Destruo. Não crio.


Por vezes, sinto as unhas roídas da loucura tactearem-me a pele.
Tão perto dos meus lábios roídos e quase mortos que lhes sinto o gosto.

Por vezes, penso se não enlouquecerei.
Se já não o estarei.
Arranho paredes como arranho memórias.
Arranco a alma e esqueço-me de a vestir.
Tenho medo da luz. E há sombras que se
mexem no quase escuro corredor.

As minhas mãos não são grandes o suficiente para te chegar,
onde estás.
Tacteiam, tortura vã, o ar que, um dia, muitos dias, preencheste.
À procura de encontrar o que resta
o que tenha ficado
da tua face.

Há ruas que até doem...

Tuesday, November 17, 2009

(nome soletrado | 2006)


Faz uma vénia por entre a névoa.
E dança, bailarina.
As ruas soletram o teu nome
e o teu nome, trazido pela brisa da noite sem dono,
vai pousar no arrependimento de uma sombra inquieta oculta na soleira de uma porta fechada,
o espectáculo acabado há horas.
Faz uma vénia pela névoa, no teu momento de solidão,
e agradece às flores que caem de uma varanda próxima
pois que esta é a sua forma de aplauso silencioso e poético.
As ruas ainda soletram o teu nome,
e o teu nome, com a saudade imersa nele, é premonição para qual fatal desfecho.
Fechas os olhos, bailarina, enquanto danças.
Enquanto morres, enquanto voas.
Morres para a humanidade, voas para os teus sonhos imortais.

E voas, porque é a tua fuga.

O teu nome é soletrado, sussurrado, abraçado
pela sombra inquieta oculta na soleira de uma porta fechada
cujo coração já não tem
porque já a si não lhe pertence.
Alguém o encontrará, pela manhã,
cravado na porta por onde um anjo todos os dias entra para dançar.
Guardado nas ruas por onde um nome será repetido sem cessar,
lembrado na névoa agora sem vénia.

Sunday, November 15, 2009

what cats are really thinking X)

(preciosidade encontrada em Agosto de 2009 | Impossível enjoar ^.^« )

Saturday, November 14, 2009

Harle (um reminder)


A pequena Harle. De uma história ainda inacabada mas já querida.
O desenho tem uns 2 anos.




"… Harlequin. Que, de tanto chorar, ficara com dois rastos marcados nas faces. Bem os tentara apagar, no dia em que os notara. Vira-se fugazmente num espelho pendurado numa tenda de um mercador ambulante e parara, esfregando a cara com força com as suas mãos sujas. Usou depois um pouco de saliva. Verificando que não queriam sair, raspara furiosamente com a manga da blusa. E nada. As manchas nem sequer ficado atenuadas tinham.

As suas marcas… As “Lágrimas Que Nunca Secam”.

Passou largos meses, após o enterro da mãe (numa vala comum), nas ruas encardidas, de sombra em sombra, a recolher bocados sujos de comida do chão e a competir com os gatos e cães que, de tão magros que estavam e de tanta fome que tinham, já nada de dócil possuíam.

Foi numa dessas escaramuças que encontrou Heleane. Ou que Heleane a encontrou a si. " (...)

Friday, November 13, 2009

how to animate your dreams

(How to Animate by ~HowlingRiot
Tive a ideia parva de me inscrever em Animação como uma disciplina optativa. Resultado: 3 trabalhos e a dor de cabeça de "fck! esqueci-me de que me faltam cerca de 6 anos de Artes! >.<)"

x fazer um flip-book (que não conta para avaliação, é somente um exercício... but done~.~')
x um trabalho de grupo (com storyboard e cujo resultado final é fazer uma animação de cerca de um minuto D: )
x um trabalho individual, "machinima" (andei a pesquisar e tem a ver com animação de videojogos, yay! =D )

... hurr...