Vamos roubar o sol! Mantê-lo refém.
Trazê-lo para aqui...
(18.10.2009)
A extensão queimada É tão imensa, tão...
Tão profunda que não a sei por completo. (29.08.2009)
Finge que está tudo bem...
Gostava de desaparecer.
Devagarinho. Dissolver-me no ar. (09.09.09)
Destruo. Não crio.
Por vezes, sinto as unhas roídas da loucura tactearem-me a pele.
Tão perto dos meus lábios roídos e quase mortos que lhes sinto o gosto.
Por vezes, penso se não enlouquecerei.
Se já não o estarei.
Arranho paredes como arranho memórias.
Arranco a alma e esqueço-me de a vestir.
Tenho medo da luz. E há sombras que se
mexem no quase escuro corredor.
As minhas mãos não são grandes o suficiente para te chegar,
onde estás.
Tacteiam, tortura vã, o ar que, um dia, muitos dias, preencheste.
À procura de encontrar o que resta
o que tenha ficado
da tua face.
Há ruas que até doem...