Wednesday, January 27, 2010

inevitavelmente és suco acre e de abandono
em teus lábios já não há poiso
féretros silêncios pétalas esmagadas secas
dispersas nuvens de fumo criadas

não há dor em mim
e minto, quando te digo isto.
há lenços manchados com sangue que sai de olhos profanados
e muitas maneiras de procura

sonhar, sonhar... dormir, morrer, sim.
não.
sonhar, não, que sonhos são dor desespero desejos por concretizar
e há nada, só nada aqui neste pequeno templo de pedra mármore
neste pequeno túmulo tão cedo erigido
sonâmbulo de passos
estragado.

3 comments:

a Gaja said...

Estou a ver que além de desenhar também escreves muito bem...
Gostei :)

The White Riddler said...

o que mais tenho quando estou na Nazaré são sonhos que doem. e não me deixam dormir.

Gavine Rubro said...

Quero um dueto contigo.

Gostei do cantinho ^^